5 Tempo de LeituraServiços de FinOps

Como Estabelecer uma Cultura de FinOps com Showback e Chargeback

A portrait of a woman wearing a maroon shirt.
Candace DuboisFinOps Senior Consultant
A woman wearing glasses is looking at a computer screen.

Muitas grandes organizações, com ampla experiência no uso da nuvem, reconhecem que os gastos com a nuvem podem rapidamente sair do controle. O FinOps, também conhecido como responsabilidade financeira na nuvem, permite que essas empresas maximizem o valor de seus investimentos com a nuvem.

O FinOps não é apenas uma ferramenta de corte de custos, mas sim uma abordagem colaborativa e empresarial. Ele ajuda as empresas a controlarem os gastos com nuvem, a preverem necessidades orçamentárias com precisão e a gerenciarem os custos de forma eficaz.

Duas formas eficazes de aumentar a transparência e a responsabilidade dentro do modelo FinOps são o showback e o chargeback.

Qual é a Diferença entre Showback e Chargeback?

O showback cria uma estrutura para mostrar às unidades de negócio (BUs) de uma empresa quanto estão gastando na nuvem, seja em linhas de negócios, aplicativos ou workloads. Isso inclui não apenas os recursos específicos de cada BU, mas também os custos compartilhados por toda a organização.

Por exemplo, em uma empresa com 10 BUs, há recursos compartilhados, como custos de rede ou armazenamento. Sem alocar esses custos individualmente, a empresa não obtém uma visão completa dos gastos de cada unidade. O showback também fornece uma visão ampla, destacando BUs que gastam mais e incentivando-as a avaliar seus custos. Por essa razão, alguns brincam que o showback poderia ser chamado de shameback (exposição pela vergonha).

Por outro lado, no modelo de chargeback, as BUs são diretamente responsáveis pelos seus gastos na nuvem. Esses custos são cobrados ou faturados diretamente para cada BU, incentivando-as a praticar uma boa gestão de despesas, já que afetam diretamente seus orçamentos.

Consequências de Não Implementar Showback ou Chargeback

Empresas maduras frequentemente utilizam o modelo do Triângulo de Ferro, que ajuda a entender os impactos de priorizar um aspecto sobre os outros. Por exemplo, priorizar velocidade pode sacrificar custos e qualidade; focar na qualidade pode comprometer velocidade e custos.

Empresas que estão iniciando sua jornada na nuvem podem decidir não utilizar showback ou chargeback no início, priorizando velocidade devido a fatores como o fim de contratos de data center ou obsolescência de hardware. No entanto, ao evoluírem, percebem que os custos estão fora de controle, dificultando o orçamento e a previsão.

É nesse ponto que o FinOps e a gestão financeira na nuvem se tornam indispensáveis para alcançar os objetivos estratégicos.

Durante a migração, algumas organizações que estão no início de sua jornada na nuvem podem optar por não utilizar chargebacks ou showbacks. Nesses casos, podem determinar que a velocidade é o fator mais crucial e a principal prioridade por vários motivos — talvez o contrato de seu data center esteja terminando ou o hardware esteja se tornando obsoleto. Se a velocidade for uma prioridade e o custo não for um fator, elas podem decidir que há pouca vantagem em mostrar quanto cada carga de trabalho está custando.

Infelizmente, ao saírem do foco na velocidade, podem perceber que os custos estão aumentando, os gastos com a nuvem estão fora de controle e que não conseguem orçar ou prever adequadamente. Nesse ponto, reconhecem que o FinOps e a gestão financeira da nuvem complementariam suas iniciativas de migração e os ajudariam a decidir qual parte do triângulo é mais crítica para alcançar seus objetivos.

Cloud spend & competing KPIS, source: SoftwareOne

Quais são os benefícios e desvantagens do showback e chargeback para o FinOps?

Um dos maiores benefícios de showback e chargeback é que ambos contribuem para uma cultura de responsabilidade. Antes do surgimento da tecnologia em nuvem, as empresas viam seus data centers tradicionais de TI como uma despesa de capital. No entanto, com a evolução da nuvem, muitas empresas agora consideram sua infraestrutura em nuvem como uma despesa operacional. Em outras palavras, como uma despesa operacional, os gastos são variáveis e podem ser ajustados, oferecendo uma maior oportunidade de gerar valor a partir da nuvem ao mesmo tempo que mitigam custos excessivos.

Como qualquer estrutura, o showback e o chargeback têm suas desvantagens.

Embora o showback seja eficaz, se não fizer parte de uma cultura maior de responsabilidade ou se não contar com o apoio da alta gestão, ele perde eficácia. Assim, pode se tornar apenas mais um relatório, sem garantia de que os stakeholders o revisem ou de que ele consiga promover mudanças.

Por outro lado, como o chargeback é uma linha específica no orçamento de cada unidade de negócios (BU), a empresa responsabiliza a unidade pelo que gasta. Se a BU ultrapassar seu orçamento, ela deve fazer cortes em outras áreas ou encontrar uma maneira de expandir seu orçamento.

No final das contas, o modelo de chargeback é o mais eficaz dos dois. Quando o custo é o fator mais crucial para uma empresa que utiliza o Triângulo de Ferro, o modelo de chargeback pode ser a maneira mais eficiente de promover essa cultura de responsabilidade.

Por fim, é essencial reconhecer que o custo não é a prioridade para todas as empresas. Para muitas, o foco está em inovação, velocidade, desempenho e qualidade das entregas. Nesses casos, quando o objetivo principal é desenvolver produtos de alta qualidade e entregá-los rapidamente ao mercado, o chargeback pode não ser uma prioridade. No entanto, mesmo quando não é prioritário, ele ainda pode trazer benefícios. Tudo depende do negócio, de sua estratégia de mercado e de sua disposição para adotar uma cultura de responsabilidade.

Como Sua Empresa Pode Começar a Implementar uma Cultura de FinOps?

O FinOps, showback e chargeback devem estar alinhados aos objetivos gerais da sua empresa. Se uma cultura de responsabilidade comprometer os benefícios da nuvem, não será uma solução viável.

Se a sua organização pode se beneficiar da implementação desses modelos, a SoftwareOne pode ajudar. Começamos com a criação de uma estratégia de tagging bem estruturada, essencial para o gerenciamento de custos eficaz e o sucesso no showback ou chargeback. Essa estratégia permite alocar recursos por workload, BU e mais, ajudando a superar o primeiro obstáculo e maximizar o valor dos seus gastos com a nuvem.

A blue and purple background with waves on it.

Pronto para Começar sua Jornada de FinOps?

<p>O FinOps Starter Pack da SoftwareOne auxilia na identificação de lacunas na estratégia de gerenciamento da nuvem, fornece acesso a especialistas certificados e possibilita melhorias significativas na gestão financeira da nuvem. Em média, nossos clientes alcançam mais de 25% de economia nos gastos com a nuvem.</p><p>Vamos conversar e ajudá-lo a iniciar essa jornada.</p><p></p>

Pronto para Começar sua Jornada de FinOps?

<p>O FinOps Starter Pack da SoftwareOne auxilia na identificação de lacunas na estratégia de gerenciamento da nuvem, fornece acesso a especialistas certificados e possibilita melhorias significativas na gestão financeira da nuvem. Em média, nossos clientes alcançam mais de 25% de economia nos gastos com a nuvem.</p><p>Vamos conversar e ajudá-lo a iniciar essa jornada.</p><p></p>

Author

A portrait of a woman wearing a maroon shirt.

Candace Dubois
FinOps Senior Consultant