Quais as principais tendências no mercado de EdTechs?
De acordo com dados apresentados no Report EdTechs 2024, o Brasil tem o maior mercado de startups de educação na América do Sul, representando 70% das empresas de EdTechs na região. Os principais investimentos estão relacionados ao uso da inteligência artificial (IA) nos processos de aprendizagem. Acompanhe, a seguir, essa e outras tendências em tecnologias educacionais.
Personalização do aprendizado
Cada vez mais comum, a personalização do aprendizado consiste em uma abordagem educacional que visa adaptar o ensino às características, aos interesses e ao ritmo individual do aluno. Em vez de um modelo único de aprendizagem para todos, ela permite que o conteúdo e as atividades sejam ajustados conforme o progresso e as preferências de cada pessoa.
Seu crescimento está atrelado ao avanço de tecnologias digitais, como IA, Big Data e Machine Learning (aprendizado de máquina), que possibilitam a coleta de dados detalhados sobre o desempenho dos discentes e a aplicação de algoritmos para criar experiências de educação sob medida.
Plataformas de ensino online, por exemplo, podem usar a inteligência artificial para analisar o progresso do estudante e disponibilizar exercícios específicos para reforçar as áreas nas quais ele tem mais dificuldade.
Gamificação educacional
A gamificação utiliza elementos e princípios dos jogos para tornar a aprendizagem mais envolvente e divertida. Para tanto, pode-se adotar sistema de pontos, medalhas, desafios e missões, que auxiliam a transformar o processo de aprender.
As ferramentas EdTechs potencializam essa estratégia ao integrarem os componentes de jogos em ambientes digitais e recursos educacionais. Com um conjunto de software e aplicativos especializados, é possível criar um espaço em que os alunos podem participar de tarefas que os entusiasme, com painéis de controle visualmente atraentes e relatórios detalhados, para que os educadores os monitorem e intervenham quando necessário.
Plataformas colaborativas
A colaboração entre discentes e docentes pode ser extremamente enriquecedora na experiência de aprendizado. O objetivo dessa tendência é promover a interação, a troca de ideias e a resolução de problemas em grupo, o que melhora a compreensão dos conteúdos, além de desenvolver habilidades sociais e de trabalho em equipe.
Dentro das plataformas colaborativas, todos os participantes podem compartilhar materiais, discutir conceitos e trabalhar em projetos conjuntos, fatores que colaboram para uma educação mais integradora.
Um exemplo conhecido é o Google Classroom, que oferece espaços virtuais para que os estudantes colaborem em documentos, debatam em tempo real e acompanhem o progresso de seus colegas.
Inteligência artificial na avaliação
Que tal agilizar a avaliação de trabalhos e provas? Já existem sistemas equipados com IA que realizam essa função, analisando a performance dos alunos de maneira mais aprofundada e personalizada, inclusive em respostas discursivas.
Por meio dessa tecnologia, os educadores podem identificar padrões, verificar lacunas de conhecimento, oferecer feedbacks instantâneos e sugestões específicas para cada um deles.
A IA também pode ser usada para adaptar os conteúdos com base no perfil do educando, disponibilizando atividades adicionais ou recursos complementares para superar a dificuldade apresentada por ele.
Microlearning
A busca por um aprendizado mais flexível tem estimulado o microlerarning, que consiste na oferta de programas de estudos em formatos curtos, como podcasts, vídeos e quizzes.
A modalidade se destaca por ser mais objetiva, permitindo ao usuário aprender por blocos de tempo, a qualquer momento e de qualquer lugar, desde que tenha um dispositivo conectado à internet.